VAMOS SENTIR DE PERTO A LÍNGUA EM MOVIMENTO

A fala é o foco para a percepção do balanço da língua. De todas as coisas que expressamos oralmente, somente uma ínfima parte é apreendida pelos dicionários e, acreditem, muitas estão destinadas a um obscuro repouso... é isso mesmo! ao asilo das palavras. Não adianta querer ressucitar defunto, dizendo que o latim não morreu, que está vivíssimo entre nós ou com roupagens novas. Morreu sim, e está enterradinho da Silva!Está bem, pode até ter reencarnado, mas ganhou nova identidade... e nova alma! A língua viva está em movimento, na boca do povo, como dizia o saudoso Souto Maior. Pergunto: A esse uso, chamaremos ERRO? Talvez DESVIO? No uso, ela transforma-se e podemos chamar isso de VARIAÇÃO!

domingo, 30 de janeiro de 2011

LINGUAGEM DIGITAL

A ERA DA DISSIMULAÇÃO: A LINGUAGEM EM TEMPOS DE TECNOLOGIA
Investigar a construção de sentidos no ambiente de interação on-line é, no mínimo, tarefa instigante para quem se interessa pelos fenômenos da língua em uso, pois a linguagem digital apresenta características próprias, criadas pelos usuários da língua com a finalidade de atender a uma necessidade de comunicação em tempo real.
Há que se considerar que o universo digital é um poço de insatisfação e criatividade. Na mídia, todo "absurdo" torna-se interessante. O remix é um processo natural no mundo virtual. É pssível que a era da dissimulação sempre tenha existido, mas hoje ela germina para legitimar a mídia que consumimos por uma linguagem digital.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A ERA DA DISSIMULAÇÃO: A LINGUAGEM EM TEMPOS DE TECNOLOGIAS

A linguagem é fictícia. Entre a similitude e a simultaneidade dos acontecimentos, o disfarce permeia a linguagem tecnológica. Este artigo trata do uso da linguagem, a partir da interferência das novas tecnologias, cujo desafio é compreender a linguagem não verbal e às questões do uso no cotidiano das pessoas. Uma questão nos impulsionou ao desenvolvimento desse desafio: como se dá a relação entre o que se diz e o não dito? Nosso objetivo é analisar as interfaces da linguagem e o comportamento do usuário da língua em face das tecnologias, procurando desvendar os segredos do não dito da linguagem digital e seus códigos em tempos de tecnologias. Para melhor focar a era da dissimulação pela linguagem, tecemos nossas considerações com base nos estudos de Hanna Arendt, Maffesoli, Flusser e Labov. A partir das análises realizadas, constatamos que a cultura digital é o lócus ideal para o disfarce dos sentidos favorecido pelo novo universo midiático. Este desafio nos permitiu compreender a efemeridade da linguagem. Um estudo que destaca a linguagem na cultura digital presta-se ao interesse não somente dos estudiosos da linguagem, mas de todos os que dela necessitam para interagir no cotidiano.

(Texto publicado nos Anais do III Simpósio de Hipertexto/UFPE)