VAMOS SENTIR DE PERTO A LÍNGUA EM MOVIMENTO

A fala é o foco para a percepção do balanço da língua. De todas as coisas que expressamos oralmente, somente uma ínfima parte é apreendida pelos dicionários e, acreditem, muitas estão destinadas a um obscuro repouso... é isso mesmo! ao asilo das palavras. Não adianta querer ressucitar defunto, dizendo que o latim não morreu, que está vivíssimo entre nós ou com roupagens novas. Morreu sim, e está enterradinho da Silva!Está bem, pode até ter reencarnado, mas ganhou nova identidade... e nova alma! A língua viva está em movimento, na boca do povo, como dizia o saudoso Souto Maior. Pergunto: A esse uso, chamaremos ERRO? Talvez DESVIO? No uso, ela transforma-se e podemos chamar isso de VARIAÇÃO!

terça-feira, 5 de abril de 2011

DICAS DE PORTUGUÊS: Não troque VER por VIR

É comum na modalidade oral da língua (e na escrita também) observar a confusão na hora de usar os verbos VER e VIR no futuro do subjuntivo. Não pensem que se trata de um desvio da norma por pessoas com baixo grau de escolaridade, os falantes da chamada norma culta também se atrapalham no uso. Vamos conjugar? VER: Se eu vir, se tu vires, se ele vir, se nós virmos, se vós virdes, se eles virem. VIR: Se eu vier, se tu vieres, se ele vier, se nós viermos, se vós vierdes, se eles vierem. Como fazer? lá vai a dica: Todos sabem conjugar o modo indicativo não é? Pois então, do pretérito perfeito do inicativo do verbo VER (eu vi, tu viste, ele viu, nós vimos, vós vistes eles VIRAM), observe a 3ª pessoa do plural (VIRAM), agora retire a desinência AM, então em todas as flexões do subjuntivo, o radical são as três primeiras letras VIR. O mesmo se dá com o verbo VIR (eles VIERAM). As primeiras letras da 3ª pessoa do plural formarão o radical do verbo vir (VIER). Volte e conjugue os verbos novamente. Fácil não? Esqueceu? vá a sua conjugação no indicativo e observe a 3ª pessoa do plural. Claro que tudo isso será mais fácil de corrigir na modalidade escrita da língua, porque na comunicação oral você não vai deixar o interlocutor esperando, vai? Para aqueles que prezam uma fala mais aproximada do que se convencionou chamar de Norma Culta da língua, devo alertar para que pratique a modalidade escrita (tradicional), pois quem mais dela se utiliza mais interferência sofre em sua fala. O problema é que a escrita tradicional já está sofrendo interferências da linguagem digital, que por sua vez tem características da comunicação oral... sobre isso aguardem a próxima postagem.

3 comentários:

  1. Muuuuuito boa essa dica, me ajudou e muito. Sugiro que a próxima dica seja sobre em que momentos devemos usar adequadamente os pronomes relativos a exemplo de no qual, do qual, na qual, ao qual.

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  2. Ok, segunda-feira eu posto outra dica. Por enquanto Adriana, vá prestando atenção nesses pronomes relativos e veja que partem de uma contração de uma preposição com um artigo: em + o = no; de + o = do; em + a = da; a + o = ao... se o verbo pede preposição, então coloque a preposição e junte ao artigo que precede o relativo que/qual. Se o verbo não pedir preposição nenhuma, nenhuma preposição precederá o relativo, assim teremos: o qual, a qual. Exemplo? leia novamente o blog semana que vem e tire suas dúvidas.

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  3. Mais uma ótima dica, da professora Solange, para as dúvidas com a gramática.

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