(Trata-se apenas da introdução de uma comunicação apresentada no seminário do EELL/Facho, em 2009)
INTRODUÇÃO
Os maiores problemas de que se queixam os aprendizes, quando se dispõem a buscar a excelência do uso da língua, resultam da assimetria entre a norma e o uso. Este artigo trata das dificuldades linguísticas provenientes das imposições dos rigores gramaticais, muito comum no meio acadêmico e profissional. Ouve-se muito se falar em norma padrão, entretanto é compreensível que essa questão instigue uma série de questionamentos, a saber: que padrão é este que privilegia o falar da classe dominante? Qual o conceito de padrão, senão um modelo que deva ser seguido por todos? Ora, se o uso natural da língua segue um padrão, pressupomos que esse padrão não alcance o agricultor, tampouco alcance as diversidades linguísticas entre as regiões, entre as pessoas de classes sociais diferenciadas! Se a fala foge ao padrão, podemos considerá-la errada? Se existe mesmo unidade em língua, qual a dificuldade no seu uso?
São questões como essas que nos levam a crer na relevância de uma reflexão sobre o estudo da língua, mediante o que se busca compreender o seu uso natural, abrindo espaço assim a uma discussão sobre a realidade da variação linguística e do preconceito linguístico.
Pela observação do social, verificamos o uso variável da língua, ou seja, as pessoas realizam fatos fonéticos dignos de análise. O estudo desses fatos fonéticos variáveis podem ser um excelente caminho para instigar o aluno a uma melhor compreensão da língua, de maneira que para atender aos objetivos deste breve estudo, optamos pela abordagem sociolinguística, na perspectiva de Labov, autor da Teoria da Variação (1972). Segundo o referido teórico, por ser a sociedade heterogênea, a língua deve ser estudada contemplando a sua heterogeneidade.
O objetivo precípuo dessa discussão teórica é possibilitar uma melhor compreensão da língua portuguesa dos aspectos dos fenômenos variáveis recorrentes nas comunidades de fala.
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Oi, legal seu texto na Facho. Eu me inscrevi este ano, mas não vou poder ir!!! E vc não vai ao Gelne em Teresina????
ResponderExcluirMuito legal esse texto. para mim um falar correto não é falar de acordo com a norma culta. Mais falar de acordo com a linguagem de sua comunidade.
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