VAMOS SENTIR DE PERTO A LÍNGUA EM MOVIMENTO

A fala é o foco para a percepção do balanço da língua. De todas as coisas que expressamos oralmente, somente uma ínfima parte é apreendida pelos dicionários e, acreditem, muitas estão destinadas a um obscuro repouso... é isso mesmo! ao asilo das palavras. Não adianta querer ressucitar defunto, dizendo que o latim não morreu, que está vivíssimo entre nós ou com roupagens novas. Morreu sim, e está enterradinho da Silva!Está bem, pode até ter reencarnado, mas ganhou nova identidade... e nova alma! A língua viva está em movimento, na boca do povo, como dizia o saudoso Souto Maior. Pergunto: A esse uso, chamaremos ERRO? Talvez DESVIO? No uso, ela transforma-se e podemos chamar isso de VARIAÇÃO!

domingo, 25 de julho de 2010

DICAS DE PORTUGUÊS

Olá gente,
Lá vai mais uma conversa despretensiosa sobre “a última flor do Lácio inculta e bela”: A língua portuguesa

Contrair ou não Contrair?

Em o, em ele, em aquele, em esse... Construções desse tipo somente devem ser usadas quando o, ele, aquele, forem sujeito do verbo. Não vejo problema em o nome de Jesus ser exaltado. O problema está em ele não usar a contração quando perfeitamente cabível, a exemplo de quando ora em o nome de Jesus e não no nome do Senhor, ou simplesmente em nome de Jesus. Sabemos que o nome de Jesus tem poder, logo, não vejo dificuldade em o nome de Jesus servir de exemplo para compreendermos os processos evolutivos da língua. Isso porque O NOME DE JESUS é o sujeito de SERVIR. Quando, porém, o termo não for sujeito do verbo, deve-se proceder a contração sem problemas, pois a combinação da preposição com o artigo é um fenômeno natural da língua.
Outro exemplo: Apesar de esse nome ter poder para iluminar nossas mentes, faz-se necessário que empreendamos esforços, em termos de buscarmos o conhecimento em forma de pesquisa. Estudamos muito e, apesar disso, muitas vezes, o resultado não reproduz o nosso esforço... é que, às vezes, paramos quando ainda temos energia para um esforço a mais, e, certamente não demos o nosso máximo. Pesquisem e vejam que não há possibilidade de a preposição preceder o sujeito. Veja o que acabo de dizer. Quem não deve preceder o sujeito? A preposição? O sintagma a preposição é sujeito do verbo preceder. Assim, nesse caso, não poderíamos contrair (de + a = da).
Ainda resta dúvida? Só marcando horário.
Um abraço!
Solange Carvalho

Um comentário:

  1. O texto foi para tirar uma dúvida quando ao uso da contração da preposição com o artigo, a partir da pregação de certo pastor que, por uma questão de rebuscamento, não considera em nenhum momento a contração em seu discurso. O texto, de maneira descontraída, tenta mostrar que a contração é natural e deve ser usada, contudo não quando preceder o sujeito.

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